Para ALVES (2009, encontrado em http://alvesgeraldo2.blogspot.com.br/2009/02/filosofia-e-cultura.html),
“toda cultura tem preceitos filosóficos, e dela necessita para fundamentar seus
valores, crenças, costumes, ritos e práticas sociais, que formam um ‘conjunto’
chamado cultura”. Existe, portanto uma relação de interdependência entre
filosofia e cultura, “uma vez que a filosofia é uma área da cultura, ou seja, a
cultura contém filosofia, e a filosofia nutre-se da cultura. Esse ciclo nunca é
quebrado, por mais radicais que sejam as crises por que passem as pessoas, os
povos e as nações”.
Acreditamos que uma base sólida para a construção de uma cultura
palpável é a sua filosofia, ou seja, como esta é pensada. Consequentemente, a
ação será o reflexo da sua construção filosófica-ideológica. A filosofia só
pode nascer do homem, por isso, a cultura é tudo aquilo que não é natureza, ou
seja, tudo o que é produzido pelo ser humano. Pelo preceito filosófico, ela afirma
que o homem não apenas sente, faz e age com relação à cultura, mas também pensa
e reflete sobre o sentido de tudo no mundo.
Portanto, a relação de interdependência entre cultura e
filosofia dá-se a partir da percepção filosófica do homem em relação a sua
dimensão cultural. Dito de outro modo, os estudos do/no campo da filosofia
interferem na formação cultural do homem, pois a filosofia, entendida como uma
atividade intelectual que se propõe a refletir sobre as relações dos seres no
mundo, suas causas e valores - considerados de maneira mais geral, torna-se uma
extensão prática do caráter cultural do individuo ou de seu coletivo, edificando
e plasmando ideais filosóficos na dimensão da prática cultural.
Este ciclo de relações entre a cultura e a filosofia, somente corre
o risco de romper-se quando os indivíduos pensantes aceitarem os padrões
culturais (comportamentos, valores, níveis de relações sociais, por exemplo)
como absolutos e imutáveis, usando isto como justificativa para combater
manifestações de apoio às diferenças. Esta vontade de manutenção de padrões pode
ser percebida quando movimentos etnocêntricos e xenofóbicos atingem uma parte
significativa da população de um determinado local, como, por exemplo, os skinheads, que, por se autodenominarem “arianos”,
ou seja, puros, segregam etnias e valores em favor da centralidade de um modelo
cultural.
(Texto coletivo elaborado pelos alunos do primeiro semestre do curso de Política e Produção Cultural, da Universidade Federal do Pampa - Campus Jaguarão)
(Texto coletivo elaborado pelos alunos do primeiro semestre do curso de Política e Produção Cultural, da Universidade Federal do Pampa - Campus Jaguarão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário