terça-feira, 20 de agosto de 2013

Cultura e Filosofia

Para ALVES (2009, encontrado em http://alvesgeraldo2.blogspot.com.br/2009/02/filosofia-e-cultura.html), “toda cultura tem preceitos filosóficos, e dela necessita para fundamentar seus valores, crenças, costumes, ritos e práticas sociais, que formam um ‘conjunto’ chamado cultura”. Existe, portanto uma relação de interdependência entre filosofia e cultura, “uma vez que a filosofia é uma área da cultura, ou seja, a cultura contém filosofia, e a filosofia nutre-se da cultura. Esse ciclo nunca é quebrado, por mais radicais que sejam as crises por que passem as pessoas, os povos e as nações”.
Acreditamos que uma base sólida para a construção de uma cultura palpável é a sua filosofia, ou seja, como esta é pensada. Consequentemente, a ação será o reflexo da sua construção filosófica-ideológica. A filosofia só pode nascer do homem, por isso, a cultura é tudo aquilo que não é natureza, ou seja, tudo o que é produzido pelo ser humano. Pelo preceito filosófico, ela afirma que o homem não apenas sente, faz e age com relação à cultura, mas também pensa e reflete sobre o sentido de tudo no mundo.
Portanto, a relação de interdependência entre cultura e filosofia dá-se a partir da percepção filosófica do homem em relação a sua dimensão cultural. Dito de outro modo, os estudos do/no campo da filosofia interferem na formação cultural do homem, pois a filosofia, entendida como uma atividade intelectual que se propõe a refletir sobre as relações dos seres no mundo, suas causas e valores - considerados de maneira mais geral, torna-se uma extensão prática do caráter cultural do individuo ou de seu coletivo, edificando e plasmando ideais filosóficos na dimensão da prática cultural.

Este ciclo de relações entre a cultura e a filosofia, somente corre o risco de romper-se quando os indivíduos pensantes aceitarem os padrões culturais (comportamentos, valores, níveis de relações sociais, por exemplo) como absolutos e imutáveis, usando isto como justificativa para combater manifestações de apoio às diferenças. Esta vontade de manutenção de padrões pode ser percebida quando movimentos etnocêntricos e xenofóbicos atingem uma parte significativa da população de um determinado local, como, por exemplo, os skinheads, que, por se autodenominarem “arianos”, ou seja, puros, segregam etnias e valores em favor da centralidade de um modelo cultural.

(Texto coletivo elaborado pelos alunos do primeiro semestre do curso de Política e Produção Cultural, da Universidade Federal do Pampa - Campus Jaguarão)

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